O mundo espera por «Sim»

MISSÃO E LIDERANÇA GLOBAL

Andrea Ramos

7/16/20256 min read

O mais natural é começar onde estás!

Muitas vezes preocupamo-nos em “resolver problemas” longe, mas na verdade... é que, independentemente do nosso «ir» ser também “longe”... somos chamados a agir onde estamos!

Qual é o poder de influência onde moramos, onde estamos, no país em que vivemos, na cidade onde moramos e com quem convivemos? Quais são os maiores desafios? Conhecemos a nossa terra?

Teremos de estar atentos sobre o que se passa à nossa volta e não escondidos, enclausurados. «Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte» Mateus 5: 14-16.

A Luz que não se esconde

Será que quem nos vê percebe que somos cristãos? Um dos episódios mais marcantes por que passei, foi no aeroporto do Dubai: entreguei o passaporte e a moça olhou-me nos olhos e afirmou «You are a Christian», não sabendo eu se era um teste, acenei com a cabeça que sim. Ainda hoje não sei o que viu em mim. Ao viver intensamente com Deus, tenhamos dias bons ou maus, Ele estará perto em todo o tempo.

Não deixemos o ir para amanhã quando podemos ir hoje.

O meu ir tem sido nas escolas, em cada workshop partilhado, em cada livro publicado... em cada vida alcançada pelo Amor, pela Esperança. Em cada vida que se sente atraída a Jesus.

Ir ao café, à rua, à prisão, ao lar, ao quarto.
Ir ao profundo da nossa alma e louvar a Deus por quem Ele é. Render-lhe graças. Ter a Sua alegria e paz.
Ir ao monte, ir quando custa, quando me entrego à Sua vontade, como estou com o que tenho, com o que Ele me deu.

Ir amando, aprendendo, aprendendo…

Andrea Ramos

Escritora, Animadora Social... com uma missão!
Conhece mais do trabalho da Andrea Ramos em www.andrearamos.pt.
Podes também segui-la em @andrearamosescritora ou https://www.facebook.com/AndreaRamosescritora

Andrea Ramos tem colaborado ativamente com o Movimento Lausanne Portugal, tendo participado no Congresso Lausanne 4 (Seul, setembro de 2024), assim como em diversos encontros nacionais e europeus.

«O campo é o mundo».

O mundo é o nosso campo de atuação e o ir é ação e não estagnação e inércia. Temos presente tais termos? Sobrevalorizamos a vida secular porque simplesmente estamos no mundo e temos de viver? A Bíblia diz que somos peregrinos, devemos viver por fé e não por vista.

Como equilibrar esta tensão: viver neste mundo, mas com o coração no céu, com foco no que é eterno, na nossa futura morada?

O «ir» é para mim.

O «ir» é para mim e para todos os que aceitam ser seguidores de Jesus. Não é só para as lideranças, nem só para quem vai para missões na África. O ir é para hoje e para as gerações de agora!

Tenho ido a escolas e falo sobre princípios cristãos. Muitas vezes, oro no carro, ao ir, para que Deus vá à minha frente e vá comigo, pois não quero ir sozinha, nem sequer valerá a pena. Quero semear e que Deus dê o crescimento. Muitos professores agradecem-me, outros perguntam-me se sou psicóloga, alunos abraçam-me... e vejo como Deus lhes fala à alma!

Quando penso nas coisas espirituais, penso no «orar sem cessar», em andar no caminho, em ser luz para os que me rodeiam. Porém, como cristãos, sabemos que esse caminho será apertado e muito difícil. Cada vez que estamos em aflição, há uma maior aproximação de Deus.

Secular ou Sagrado?

Denoto que para algumas pessoas existe a separação do secular e sagrado. O ir à igreja ao domingo é bom pela comunhão, mas não é tudo. Embrenhados na vida e nas suas rotinas e afazeres, pouco tempo sobra para Deus, a não ser que tenhamos definido o nosso tempo devocional, separado momentos para orar, meditar na Palavra, estar em secreto e escutar Deus, ouvir músicas cristãs, tempo de louvor a Deus, enfim.

Como priorizar uma vida espiritual intensa, embebida no amor de Deus, estar dispostos a sacrificar o que é humano em prol de uma vida ativa espiritualmente?

Como embaixadores de Jesus, o que estamos a fazer para O tornar conhecido, para ser luz no meio de um mundo obscuro e tenebroso? Faço-me esta pergunta várias vezes e cogito em ser intencional.

Não é apenas aproveitar oportunidades, mas gerá-las.

Quantas vezes é difícil – «o que vier à tua mão para fazer, faz». A desculpa - não temos tempo, não é para mim, não sou capaz, não estou à altura, não me posso preocupar com isso, é problema dele, não me diz respeito.

Imagino sentar-me num café com pessoas que estão sós e falar-lhes de Deus, orar por elas ou apenas escutá-las. O medo, a dúvida, a falta de fé prende-nos.

Porque não deixamos Bíblias por onde andamos ou versículos bíblicos?

Porque não fazer o bem quando o sabemos fazer? Se não o fazemos, Deus chama a isso pecado.’ (Tiago 4:17)

O que é fazer o bem? É quando me apetece que fico disponível ou é ser intencional custe o que custar?
Fazer o bem não é só quando dá jeito. É ser intencional, mesmo quando custa.

«Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim» Mateus 25:45.

Amar em Ação

Amar, inevitavelmente, leva-nos à ação. E há muitas oportunidades para o fazermos.
Na verdade, é bem provável que já exista muita coisa a acontecer perto de ti. Procura como te envolveres!
O Serve The City, por exemplo, procura restabelecer a dignidade aos sem-abrigo.

Vivemos numa correria intensa todos os dias, e Deus sabe disso, mas o desafio mantem-se no dia de hoje: Cuidar do teu próximo!
E quem é este próximo? Um vizinho, um desconhecido, um amigo, um familiar? Hoje há um grande fluxo de imigrantes, será esta uma boa oportunidade para evangelizar?

Ser cristão é muito mais do que palavras, são palavras, são gestos, são atitudes, é esforço, é entrega, é amar sem reservas, é dar sem esperar em troca, é agir em fé, é doar-se, é ser grato, empático e gentil.
Seremos egoístas se não partilharmos o evangelho?
Ser um seguidor de Jesus é muito mais do que fazer boas obras, é apreender a amá-lo, amar-se a si mesmo para que depois possa amar os outros.
E aqui reside um grande problema, muitas pessoas não se amam, não se perdoam, carecem de cura da sua alma e de um coração transformado.

Precisamos de perdoar quem precisamos de perdoar.

Precisamos envolver-nos na vida de quem padece, ter compaixão por quem não merece, pois nós também não merecemos. Orar pelas autoridades, orar em concordância com outros cristãos, participar em projetos de evangelismo. Afinal, como podemos fazer a diferença nos nossos dias? Como mostrar Jesus, o nosso Mestre, a uma sociedade individualista? Pessoa a pessoa. O que Deus te mostra? O que Deus diz para fazer? O que Deus colocou na tua mão?

Quem caminha comigo?

É uma pergunta que me faço com frequência! E a minha oração é que cada um possa inspirar-se na Bíblia e sentir que faz parte da história do Cristianismo. Temos responsabilidade para partilhar Jesus e desejar que outros tenham a salvação e a vida eterna. A vida cristã é uma jornada e anseio que o Espírito Santo guie o seu povo para que viva em santidade, seja humilde, honesto em todas as áreas e para com todos.

Tenho sempre o sentido de responsabilidade aceso, para que Deus me use nas palavras, com quem eu tiver de falar.

Através de livros, faço sessões intencionais com muitas faixas etárias. Esta é uma missão que Deus me confiou, no meu país. Vou também a bibliotecas, lares e hospitais. Abraço e valorizo. Quero deixar o «bom cheiro de Cristo» e ao trabalhar com adolescentes, digo-lhes o quanto são valiosos e únicos. O ano passado trabalhei com cerca de 5000 estudantes, estou tão grata a Deus! Peço-lhe para alcançar mais pessoas. No outro dia, um aluno fez-me uma pergunta acerca de Deus e confirmei que sou cristã, afirmei que creio em Deus como meu criador e tento seguir os seus ensinamentos, o que é certo é que toda a turma ouviu. Além disso, toda aquela turma leu o livro (Muda) O Meu Nome, que é um livro evangelístico. Assim, faço uma reflexão pessoal que estou a investir os dons que Ele me deu para o Reino Dele e para Sua glória, influenciando pessoas para o bem.

Este tem sido o meu «ir». Qual é o teu?